Boas vindas!

Caro leitor, eramos apenas algumas amigas que isoladamente trocavam livros entre si. Até que um dia, a Bia leu o livro"A sociedade literária da casca de batata" e me presenteou com ele (junto com um recadinho) - e nós (Valkiria, Bia, Eliane, Angela, Arlete, Renata, Sabryna, Camila, Raíssa, Diu, Rosângela) inspiradas na idéia resolvemos formalizar nossas trocas, não no sentido chato, mas em possibilitar encontros onde iríamos discutir cada um dos livros em sua essência. Além disso, oportunizaria nossos encontros para colocarmos a conversa em dia, o que acaba rendendo muitas risadas, por isso o nome. Além disso, nos tornamos conhecedoras das cafeterias da cidade e com certeza tambem ótimas críticas literárias e gourmet. Um grande beijo para vc que nos acessou, vamos tentar sempre deixar esse espaço atualizado.Valkiria

quinta-feira, 10 de março de 2011

TOLSTÓI, L. A insubmissão e outros escritos. São Paulo:Ateliê Editorial/Imaginário, 2010, 80 p./by Angela


Pequeno livro que traz de forma muito clara o pensamento político deste grande nome da literatura mundial. Ele revela sua postura contrária a instituições de forma geral, em especial ao Estado.  Defende a insubmissão como forma de agir e argumenta pela não-violência.  Traz uma admirável perspectiva política de um anarquismo fundamentado no cristianismo.  A seguir uma pequena seleção de trechos do autor que falam por si de forma incrivelmente mais eloqüente que qualquer comentário que eu possa fazer:
“Se a maioria das pessoas prefere a obediência à insubordinação, não é por ter julgado o problema desapaixonadamente, pesando as vantagens e as desvantagens, senão por ter-se colocado, por assim dizer, sob a influência de uma sugestão hipnótica. As pessoas costumam submeter-se a esse tipo de exigência sem recorrer ao uso da razão, deixando-se levar pela lei do menor esforço. Negar-se à insubmissão requer um raciocínio independente além de um esforço, esforço que alguns homens são incapazes de realizar.” (p.39).
“(...)reconhecendo com razão a arma espiritual como único meio da destruição do poder, a doutrina do anarquismo, baseando-se numa concepção não-religiosa e materialista do mundo, não possui esta arma espiritual e limita-se a suposições, a sonhos que dão a possibilidade aos defensores da violência (...) E esta arma espiritual, que é conhecida pelos homens desde há muito tempo, sempre destruiu o poder e deu aos que a empregaram uma liberdade tão completa que nada pode anulá-la.” (p.57).

Um comentário:

  1. Livro, Pensamento & Autor, muito bons!
    Se disseminado e lido por olhares e corações disposto a receber e a trabalhar uma idéia nova, e um sentido prático novo, traria (como acredito que trás) uma grande mudança.

    abraços (+_+).

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