Boas vindas!

Caro leitor, eramos apenas algumas amigas que isoladamente trocavam livros entre si. Até que um dia, a Bia leu o livro"A sociedade literária da casca de batata" e me presenteou com ele (junto com um recadinho) - e nós (Valkiria, Bia, Eliane, Angela, Arlete, Renata, Sabryna, Camila, Raíssa, Diu, Rosângela) inspiradas na idéia resolvemos formalizar nossas trocas, não no sentido chato, mas em possibilitar encontros onde iríamos discutir cada um dos livros em sua essência. Além disso, oportunizaria nossos encontros para colocarmos a conversa em dia, o que acaba rendendo muitas risadas, por isso o nome. Além disso, nos tornamos conhecedoras das cafeterias da cidade e com certeza tambem ótimas críticas literárias e gourmet. Um grande beijo para vc que nos acessou, vamos tentar sempre deixar esse espaço atualizado.Valkiria

sábado, 21 de agosto de 2010

Paisagens Urbanas

Capela Nossa Senhora Aparecida

Paisagens Urbanas

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Paisagens Urbanas

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Paisagens Urbanas

Paisagens Urbanas

Passeio de Bicicleta Novo Centro

Passeio de Bicicleta Marjory 21/08/2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

100 anos da Morte de Machado de Assis/ Descubra a verdade sobre Capitu:

Uma das histórias mais intrigantes da obra de Machado de Assis é o término do relacionamento de Bentinho e Capitu, descrito no livro "Dom Casmurro", em decorrência de uma suposta traição. Suposta porque em momento algum o escritor chega a afirmar que Capitu e Escobar, amigo de Bentinho, realmente ficaram juntos. Mas, como o relato é feito pelo personagem principal, tomado de ciúmes, a conclusão depende da interpretação de cada leitor. 

Uns acreditam que Capitu, a mulher dos “olhos de ressaca”, entregou-se a Escobar. Outros a defendem dizendo que a infidelidade foi criação da mente doentia de Bentinho. Há ainda aqueles que preferem não opinar por acreditar que a dúvida é a grande sacada do livro. 

Cem anos após a morte do escritor, falecido em 29 de setembro de 1908, o Abril.com pediu a opinião de dez personalidades que leram “Dom Casmurro” sobre essa famosa questão. Entre os entrevistados estão o ator Bruno Garcia, que interpretou Bentinho no cinema, o cineasta Jorge Furtado, o escritor Luis Fernando Veríssimo e o cartunista Ziraldo. Confira no site : http://www.abril.com.br/noticia/diversao/no_307200.shtml



“É muito interessante perceber que essa questão só reforça a genialidade de Machado de Assis. Após tantos anos, o fato de Capitu ter traído ou não Bentinho divide grupos e revela um intrincado jogo de subjetividades, proporcionado pela pena inovadora de nosso escritor maior. Uns têm certeza que houve a traição, outros juram que foi tudo paranóia de Bentinho. E há, ainda, aqueles que acham que isso não importa. Faço parte deste último grupo. Para mim, o principal personagem de Dom Casmurro é a dúvida.” 
Bruno Garcia, ator 

Sabe quem é o charmosão?


Machado de Assis - link para conhecer sua obra completa:

Já pensou em publicar um livro?


A Editora Saraiva está promovendo um prêmio de Literatura. É a primeira edição do Prêmio Benvirá, a ideia é estimular a produção literária nacional e a ação está sendo divulgada na Bienal Internacional do Livro, em São Paulo.
O concurso irá eleger uma obra de ficção, o tamanho e o tema são livres. Podem participar autores brasileiros ou naturalizados, que ainda não tenham livros de ficção editados pela Saraiva. O autor da melhor história receberá como prêmio 30 mil reais e terá seu livro publicado no próximo ano. Lembrando que cada autor só pode concorrer com uma obra.
O período de inscrições é de 12/08/2010 a 30/11/2010, pelo site da Benvirá. Aproveite para passar no estande da editora na Bienal do Livro e saiba mais sobre o concurso!

domingo, 15 de agosto de 2010

Gabriel e Flávio na plantação de cacau

Bia e Flávio/ Nilza e Carlos em plena Floresta Amazônica

Trapiche no Mangal das Garças/Belém do Pará

Mirante no Mangal das Garças/Belém do Pará

Catedral da Sé/Belém do Pará

Dança Típica do Pará/ Carimbó

Flávio no Mercado Vero Peso/Cestaria

Bia no Mercado Vero Peso - Cacho de Cupuaçu

Flávio no Rio Xingu em 03/08/2010

Bia/Passeio de Barco no Rio Xingu 03/08/2010

Roupa Perfeita

Os preparativos para uma festa

Dieta

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Um pouquinho de nossa querida Isabel Allende

Meia hora antes da entrevista que a escritora chilena Isabel Allende deu em exclusivo ao i, durante a 8ª Festa Literária Internacional de Paraty, fez uma sessão fotográfica para uma revista espanhola de celebridades. Sorriu muito, mas, a cada clique, respirava de alívio na esperança de que fosse o último. Esta semana está na Jamaica, também a trabalho. Se o sucesso dos livros a sufoca, por outro, escrevê-los, diz, é encontrar a liberdade. A mesma que diz usar “para cambiar el mundo”, melhorando a condição das mulheres

Chamam-na feminista. Revê-se nessa “condição”?Trabalhei toda a minha vida com e para mulheres. Era muito jovem quando já tinha todos os ideais e causas do feminismo. Apesar de o feminismo ter mudado e de as pessoas não quererem usar a palavra, as causas continuam. Continua a haver muitas mulheres que estão submetidas e têm vidas miseráveis. Como mulher privilegiada que sou, porque tenho educação, saúde e recursos, posso ajudar. Então, sinto que a minha missão e a das mulheres como eu, sobretudo as mulheres mais velhas, que já criaram os seus filhos, é ajudar os seus irmãos no resto do mundo. Por isso concentrei-me nas mulheres e nas meninas com a Fundação [Isabel Allende, com sede nos EUA, fundada em 1996, em homenagem à filha Paula], angariando fundos. Por cada dólar que a filantropia investe em causas de mulheres, investe-se 20 dólares em programas para homens. Contudo, o dinheiro que se usa para ajudar as mulheres, ergue toda a família, ergue a aldeia, ergue a sociedade. É uma inversão muito importante. 
Em que é que os seus livros a ajudaram?
Eu acredito que me ajudaram em tudo. Primeiro, a “Casa dos Espíritos” foi como uma tentativa de recuperar o Chile que eu tinha perdido depois da ditadura. Ajudou-me muito escrevê-lo porque pude recrear a memória que começava a perder-se enquanto estava no exílio. Escrevi “Paula”, quando a minha filha morreu, ainda jovem. Por sua vez, a dor não foi embora, mas pelo menos pude organizar o que se passou, contê-la em livro. Parece que antes de escrever o livro a dor invadia toda a minha vida e, depois, no processo de escrever e ordenar as recordações e os acontecimentos, pude geri-la melhor. Com isso, acredito que todos os meus livros provêm de uma experiência intensa e pessoal e quase sempre uma experiência muito dolorosa, ou uma paixão muito forte. Então, é uma verdadeira obsessão pela liberdade individual e também a liberdade colectiva, pela justiça. São coisas que sempre me apaixonaram. Então, são coisas que eu exorcizo com a escrita.
Uma escrita mais madura? 
Mudei muito. Mas o mundo e a literatura também. Quando eu comecei a escrever, nos anos 80, era o boom da literatura latino-americana. Eram todos homens. E havia uma voz latino-americana. Isso já passou. Eu vivo em inglês. Vivo nos Estados Unidos, leio muita ficção americana. Influenciou-me porque mudou o meu estilo. Escrevo de uma forma muito mais directa, com frases mais curtas. Já não se usa o estilo demasiado barroco, que eu usava um pouco. Logo, creio que amadureci no sentido de que conheço melhor o ofício da escrita. Mas continuo a cometer muitos erros, continuo a ter muito medo de cada vez que começo um livro. Nunca me sinto segura, porque cada livro é diferente. E cada livro tem a sua forma de ser contado. Não serve a fórmula que aplicaste no livro anterior. Então existe essa angústia: serei capaz de escrevê-lo, ou não? E, também, a sensação de que há uma parte que é inspiração, outra parte que é trabalho, outra parte que é sorte. Sem a sorte, não sai.
É considerada uma referência da literatura latino-americana. Os seus livros fluem como relatos vívidos. Onde começa e onde acaba a ficção?
O boom da literatura latino-americana deve-se à censura. No Chile, por exemplo, como a ditadura silenciava os jornais, tivemos de começar a escrever livros para falar sobre o que estava a acontecer e como nos sentíamos. A ficção pode ser uma ferramenta para contar a verdade.
E o novo romance falará de que realidade?Com ele fecha-se um ciclo. Não vou começar a escrever mais a 8 de Janeiro, como fazia até aqui. Faço-o desde 1981. Na altura estava a viver na Venezuela e recebi um telefonema do meu avô que estava a morrer. Escrevi-lhe, nesse dia, uma carta que se tornou depois o meu primeiro romance. Mas estou numa fase em que preciso ficar mais relaxada, estou farta desta vida militar de entrevistas, autógrafos e viagens.

O LIVRO NÃO MORREU

Na Flip, pela primeira vez desde 2003, discutiu-se o futuro do livro, assunto que antes só era
comentado aleatoriamente em mesas dedicadas a outros assuntos. A demora foi aplacada com
duas mesas sobre o tema, uma na noite de quinta-feira (5) e outra na manhã de sexta-feira. No
primeiro dia, o historiador e diretor da biblioteca de Harvard, Robert Darnton, e o também historiador
Peter Burke falaram sobre a história dos livros. Hoje de manhã, Darnton voltou à mesa de debates,
desta vez acompanhado de John Makinson, presidente da Penguin Books, gigante dos livros
baratos que aportou recentemente no Brasil associada à editora Companhia das Letras.
A conversa do primeiro dia, uma espécie de introdução ao assunto, foi sonolenta e desinteressou
ao grande público da Festa, que esvaziou a Tenda do Telão antes do fim. Falou-se da literatura
pornográfica francesa, do século XVIII, da história das enciclopédias – citando a Wikipedia, elogiada
por Burke –, e um painel sobre a história dos direitos autorais. O assunto da moda, o futuro em
tempos de Kindles e iPads, ficou para a manhã de hoje.
O segundo debate envolveu mais o público, um pouco menor na Tenda do Telão por conta da bela
manhã de sol em Paraty – em uma cidade como esta, é inevitável a disputa entre os livros e a praia.
A Tenda dos Autores, porém, estava lotada, como sempre.
O interesse do público acabou não se revertendo em qualidade. Os temas foram discutidos apenas
superficialmente, e quem acompanha a cobertura da imprensa sobre o assunto no último ano
acabou ouvindo apenas obviedades.
Foi importante, porém, o depoimento de Darnton, à frente do projeto de digitalização da biblioteca
de Harvard. Segundo ele, o Google está longe de ser o parceiro ideal para a difusão do acervo.
“Admiro o Google, e é ótimo que eles tenham digitalizados dois milhões de livros, todos de domínio
público. Mas eles queriam digitalizar bibliotecas como a de Harvard, de graça, e cobrar pelo acesso
aos livros. Seria o monopólio do conhecimento ”, disse Darnton, aplaudido pelo público.
Outra discussão relevante, mas tocada apenas superficialmente, foi o debate sobre o formato dos
arquivos digitais, e o risco de se perder o conhecimento produzido por anos apenas porque o
formato ficou obsoleto. Darnton fechou a palestra dizendo: “Já tivemos o anúncio da morte do livro,
da morte do autor e agora da morte da biblioteca. Acho que não acredito mais na morte”. Aplausos.
Fonte: Revista Epoca
http://www.diaadia.pr.gov.br/ead 12/8/2010 20:44:41 - 1

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A leitura possibilita acolhimento

Biblioteca íntima Reserve um pedacinho da casa para os livros da sua vida texto Leandro Quintanilha

Uma estante repleta de livros costuma ser uma espécie de biografia velada do dono daqueles volumes todos. Porque quem reúne livros coloca nas prateleiras também as fases da própria vida. Os livros da escola, da faculdade, do trabalho. Aqueles que foram presentes de amigos. Outros que você ganhou de um grande amor – ou até comprou para impressionar alguém. Livros sobre quem você foi, quem você é e quem gostaria de ser (sim, há também aqueles que você jura que ainda vai ler, lembra?). Uma biblioteca pode dizer mais sobre o dono que um livro sobre seu autor.
“Você organiza pelo assunto, mas, com o tempo, todo volume vira livro de História”, diz brincando o consultor de tendências político-econômicas José Eduardo Faro Freire. A longo dos seus 68 anos, Freire acumulou cerca de 8 mil títulos. Dois dos quartos do apartamento em que mora com a mulher foram unidos para comportar esse acervo, com o qual ele passa boa parte do dia. Ainda assim, as estantes, que cobrem todas as paredes do recinto, tiveram que ser ocupadas em fileiras duplas. Quando você tira um livro – olha lá! –, aparece a lombada de outro no fundo.
Troféus pessoais
Um colecionador de livros exibe seu acervo com uma mistura de orgulho e pudor. Livros são troféus, porque cada título desejado, encontrado, lido e guardado é uma conquista. Mas os itens de uma biblioteca pessoal são como o conteúdo da carteira, da bolsa, da geladeira – falam sobre você. Sobre a intimidade do seu pensamento, do seu imaginário.
“É sempre um recinto cheio de afetividade e significado”, diz Fernando Modesto, professor do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Universidade de São Paulo. Modesto explica que, além de livros e revistas, uma biblioteca pode abarcar também CDs, DVDs, documentos, álbuns. Tudo que guarde uma lembrança. Mas que também (e esse é o lado “ruim”) ocupa um espaço danado na casa.
Na Antiguidade, o político romano Marco Túlio Cícero escreveu que uma casa sem livros é como um corpo sem alma. Faça o que puder no espaço de que você dispõe – o importante é manter os livros por perto, como parte do cotidiano. Uma biblioteca doméstica pode ser dispersa, dividida em estações estratégicas pela casa toda. A da bibliotecária e designer (de bibliotecas!) Cláudia Tarpani é assim. Os livros de trabalho estão no escritório. Na sala, ficam os de literatura. Os demais, sobre culinária, jardinagem e decoração, estão numa estante no fundo do corredor.

A biblioteca pública em Kansas City, E.U.A.

A biblioteca pública em Kansas City, E.U.A.

Você acredita que esse prédio é uma biblioteca?

La Carre au Tete, em Nice, França.  Dentro de uma biblioteca
La Carre au Tete, em Nice, França