Pequeno livro que traz de forma muito clara o pensamento político deste grande nome da literatura mundial. Ele revela sua postura contrária a instituições de forma geral, em especial ao Estado. Defende a insubmissão como forma de agir e argumenta pela não-violência. Traz uma admirável perspectiva política de um anarquismo fundamentado no cristianismo. A seguir uma pequena seleção de trechos do autor que falam por si de forma incrivelmente mais eloqüente que qualquer comentário que eu possa fazer:
“Se a maioria das pessoas prefere a obediência à insubordinação, não é por ter julgado o problema desapaixonadamente, pesando as vantagens e as desvantagens, senão por ter-se colocado, por assim dizer, sob a influência de uma sugestão hipnótica. As pessoas costumam submeter-se a esse tipo de exigência sem recorrer ao uso da razão, deixando-se levar pela lei do menor esforço. Negar-se à insubmissão requer um raciocínio independente além de um esforço, esforço que alguns homens são incapazes de realizar.” (p.39).
“(...)reconhecendo com razão a arma espiritual como único meio da destruição do poder, a doutrina do anarquismo, baseando-se numa concepção não-religiosa e materialista do mundo, não possui esta arma espiritual e limita-se a suposições, a sonhos que dão a possibilidade aos defensores da violência (...) E esta arma espiritual, que é conhecida pelos homens desde há muito tempo, sempre destruiu o poder e deu aos que a empregaram uma liberdade tão completa que nada pode anulá-la.” (p.57).
Livro, Pensamento & Autor, muito bons!
ResponderExcluirSe disseminado e lido por olhares e corações disposto a receber e a trabalhar uma idéia nova, e um sentido prático novo, traria (como acredito que trás) uma grande mudança.
abraços (+_+).