Stengel foi o jornalista que auxiliou Mandela a preparar sua autobiografia. Da sua aproximação com ele e entusiasmo pelo seu jeito de ser, escreveu o título mencionado. Esta foi minha leitura do mês de março (2011) do grupo: Livros & Risos.
Fiz uma seleção das minhas passagens preferidas, mas nada substitui a leitura deste, como nenhum resumo ou notas é capaz de substituir qualquer outro livro.
Desde o início do livro, o autor destaca que Nelson Mandela teve muitos professores em sua vida, mas o maior de todos foi a prisão, onde passou 27 anos (dos 44 aos 71 anos de idade). Lição que o fortaleceu e consumiu tudo o que era insignificante. Ensinou-lhe autocontrole, disciplina e foco, nas palavras de Stengel. Na prisão não havia lugar para o impulso, auto indulgência ou falta de disciplina.
Entre as lições, selecionadas pelo autor, e que segundo ele podemos aprender com Mandela sem a fração que ele teve que pagar, estão as seguintes de forma resumida:
ü Coragem não é ausência de medo. É aprender a superá-lo. Nenhum de nós nasce corajoso. Tudo está na maneira como reagimos a diferentes situações. Coragem corresponde, então, a não deixar o medo derrotá-lo.
ü Seja ponderado e calmo. São raras as situações que exigem resposta arrebatada e ela tem de ser calculada e não espontânea. O controle é a medida do líder. Desse comportamento que era visível nos discursos de Mandela, ele assim se posiciona de que é melhor ser um pouco sem graça e confiável do que fazer discursos inflamados, com linguagem bombástica.
ü Sobre a liderança – é preciso tanto estar a frente, como as vezes se posicionar na retaguarda – recuar e ouvir. O modo mais certeiro de neutralizar uma discussão é ouvir pacientemente o ponto de vista oposto. Ele teve formação na forma africana de liderança, na qual o rei busca o consenso, com participação. O poder concedido ao rei está baseado na idéia de ubuntu – concedido por outras pessoas.
Outros tantos pontos de aprendizado podem ser aprendidos com Mandela e estão destacados nesse livro, como a necessidade de que sejamos regidos por um princípio principal e que todo o resto se torna tática. A compreensão de que a lei nada mais é do que força organizada, usada pela classe dominante para moldar a ordem social de forma favorável a si mesma (p.112). Por fim, é fundamental destacar que ele recomenda ver o que há de bom nos outros. Procurar o positivo, o construtivo em cada pessoal. Isso ajuda a tornar todos melhor, esperar o que possuem de bom e sinalizar onde podem contribuir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário